terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Carnaval terá observatório da discriminação racial

carnaval-olinda
A próxima sexta-feira abre oficialmente o carnaval no estado com um lançamento que promete consolidar, de fato, a festa como democrática em Pernambuco. Carnaval com Direitos Humanos. Eis uma das principais ações do governo para o enfrentamento às discriminações raciais ocorridas durante os dias de folia. O "Observatório da Discriminação Racial no Carnaval" será lançado em parceria com as Secretarias de Defesa Social e Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Comitê de Promoção da Igualdade Racial e Prefeitura de Olinda.

O secretário de Defesa Social de Pernambuco, Alessandro Carvalho, recebeu o secretário executivo de Promoção da Igualdade Racial, Jorge Arruda, acompanhado de Rildo Veras, assessor Especial para Diversidade, para fomentar a campanha "Observatório da Discriminação Racial no Carnaval".
Desde 2009, o CEPIR vem realizando esse trabalho junto com a SEDSDH. A atuação vem sendo desenvolvida nas grandes agremiações, com os foliões e nas demais atividades realizadas nas festividades de momo. Serão ações cotidiana, como campanhas, observação e acolhimento de denúncias de tráfico de pessoas negras no carnaval, violências veladas, intolerâncias religiosas (contra Maracatu e Afoxés).
Estatísticas
Em 2013, foram registradas mais 100 denúncias de abuso de poder, intolerância religiosa, discriminação racial e violências simbólicas, ocorridas em quase todos os polos de animação. Para Jorge Arruda, secretário executivo do CEPIR, é de extrema importância que a população se empenhem nesta ação, pois a festividade é um momento em que todos deveriam se confraternizar.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Homem assiste mais novela do que futebol; jornalismo perde força

625 315 1390868390Sãopaulino troca futebol por Alem do Horizonte
Por DANIEL CASTRO
Novela é coisa de mulher, certo? Errado. É coisa de homem também. Ranking do Ibope, obtido com exclusividade pelo Notícias da TV, mostra que o gênero mais visto por homens na televisão aberta, em todo o país, são as telenovelas. O futebol aparece em segundo lugar, seguido por minisséries, filmes e humorísticos (veja quadro abaixo).
A audiência das telenovelas entre mulheres, no entanto, é quase o dobro do que entre homens. Minisséries e filmes também têm grande aceitação pelo público feminino, E, curiosamente, as mulheres dão mais audiência ao futebol do que aos reality shows.
As novelas são os programas mais vistos por todos os segmentos de sexo e faixas etárias. Entre as crianças, têm mais do que o dobro da audiência dos programas infantis. Escassa nas grandes redes abertas, a programação infantil é apenas a quinta na preferência das pessoas com 4 a 17 anos, de acordo com o Ibope.

sábado, 11 de janeiro de 2014

A identidade pelo trabalho: A fotografia de Assis Horta

FOTOS: ASSIS HORTA
clt - exposição
Assis Horta: registro de uma época e seus personagens. 

A identidade pelo trabalho: A fotografia de Assis Horta 


A carteira profissional trouxe mais do que uma formalização para o emprego no Brasil. Criou uma identidade para o trabalhador. Para muitos, foi o primeiro registro de sua imagem: o artigo 16 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), de 1º de maio de 1943, determinava que a carteira deveria contemplar, entre outros itens, uma "fotografia, de frente, modelo 3 x 4". Pioneiro nesse registro, Assis Horta, hoje com 95 anos, fez nos anos 1940 centenas de retratos de trabalhadores. 



Félix, Carrasco e cenas pedagógicas da novela das nove, por Cidinha

Félix, Carrasco e cenas pedagógicas da novela das nove

Na primeira cena, Niko, personagem gay, doce, honesto, ético, generoso, empresário branco bem sucedido, além de ter adotado um menino negro (Jaiminho), é pai pela segunda vez por meio de fertilização externa. A dona da barriga solidária, Amarilis, resolve descumprir o acordo e, por meio de artimanhas de manipulação de material genético, tenta fertilizar o próprio óvulo, no intento de que a criança gerada fosse sua filha biológica. Na cena, a máscara cai.  O bebê volta para o pai (Niko), vencedor de disputa legal, mas Amarilis tenta de todos os modos retomar a posse da criança.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

“Madiba sou eu”: uma entrevista exclusiva com o ator que interpreta Mandela em novo filme

Idris Elbapor : Harold Von Kursk

Esta entrevista ocorreu em Toronto, onde Idris Elba participava do Festival de Cinema Internacional. Mandela morreria dias depois, no momento em que Elba assistia a premiére na Inglaterra de seu novo filme "Mandela: A Longa Caminhada para a Liberdade".
"Interpretar Nelson Mandela é um pouco como brincar de Deus", disse-me ele."Eu não posso imaginar como Mandela se sentiu depois de ter sido libertado da prisão, mas este comentário que ele fez sempre ficou na minha mente: 'Eu odiava meus carcereiros, até perceber que se eu continuasse a odiá-los eu ainda estaria na prisão. Então eu tive que deixá-los partir'. Para mim, aquilo explica como Mandela teve a serenidade e a calma necessárias para construir uma nova África do Sul de forma pacífica".
Elba, cujo pai nasceu em Serra Leoa e a mãe em Gana, passou a última década tentando deixar sua marca nos EUA. Tendo trabalhado como DJ desde os 14 anos, atingiu um bom momento ao lado de Jay- Z em seu álbum "American Gangster" ( 2007), vagamente inspirado no filme de Ridley Scott com o mesmo nome.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Festival de Curtas de Direitos Humanos acontece em SP

De 9 a 13 de dezembro acontece em 40 pontos de cultura e educação da cidade de São Paulo a 6° edição do Entretodos – Festival de Curtas de Direitos Humanos , o evento faz parte da programacao do “Cidadania nas Ruas”, realizado pela Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de São Paulo.


  Cena do Curta Still - Logo ali ao Sul
Cena do Curta Still - Logo ali ao Sul (300x169)

Com o tema Emergência, uma referencia à Teoria da Emergência, onde os movimentos de mudança de paradigma são conduzidos pelas massas, o Entretodos pretende promover o cinema independente, além de dar espaço às questões relevantes da sociedade e da pessoa.

Os curtas estão divididos nos programas temáticos “Descobertas”, “O Outro”, “Meu Lugar”, “Afetos” e “Ruas”. Com curadoria de Manuela Sobral e Jorge Grinspum, a sexta edição do Festival, que é gratuito, ainda contará com debates, palestras e oficinas e uma Mostra Infantil.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

A desafricanização do samba - Por Nei Lopes

Contra obstáculos que o afastam das raízes, ritmo baiano ganhou o mundo

pinxinguinha
Pixinguinha (centro), recebe homenagem no Rio de Janeiro em 1968
Por Nei Lopes, sambista, escritor e autor, entre vários outros livros, 
da Enciclopédia Brasileira da Diáspora Africana (4ª ed., Selo Negro, 2011) — publicado na edição 79, de setembro de 2013

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A palavra "samba", presente no cotidiano brasileiro desde, pelo menos, o século XIX, quando era definida simplesmente como "um tipo de dança de negros", tem inegável origem africana. Arte eminentemente popular, aos poucos foi sendo estudada e compreendida. Na década de 1940, já era vista como "dança de salão, aos pares, com acompanhamento de canto, em compasso 2/4 e ritmo sincopado", como definiu o poeta e folclorista Mário de Andrade. Finalmente, em 2001, o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa trazia a informação de que "o nome designa, também, um tipo de canção popular de ritmo geralmente 2/4 e andamento variado, surgido a partir do século XX".

“O Mordomo” lidera bilheteria nos EUA

mordomo
O drama racial O Mordomo continua dominando as bilheterias dos Estados Unidos pelo terceiro fim de semana consecutivo, graças ao seu bom resultado na segunda-feira do Dia do Trabalho.
Com base nas estimativas da manhã de domingo, os serviços que monitoram as bilheterias nos EUA apontavam "One Direction: This Is Us" filme-show da banda adolescente britânica – como campeão do fim de semana, mas O Mordomo fechou o feriado prolongado com um faturamento de US$ 20 milhões, passando à liderança.
O longa de Lee Daniels, com Forest Whitaker e a apresentadora Oprah Winfrey nos papéis principais, conta a história de um serviçal negro da Casa Branca ao longo de oito gestões presidenciais, no período da luta pelos direitos civis. Desde o lançamento, em 16 de agosto, o filme faturou US$ 79,3 milhões, disse o site Hollywood.com na segunda-feira.
Já o filme do One Direction atraiu o público jovem na sua estreia, mas perdeu fôlego em seguida, levando a Sony a reduzir sua estimativa para os três dias de US$ 17 milhões para US$ 15,8 milhões."Família do Bagulho", comédia com Jennifer Aniston, faturou US$ 15,9 milhões no feriado prolongado, e acumula US$ 112,9 milhões nas bilheterias dos EUA e Canadá.
Fonte: Correio do Brasil

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Eu amo meu cabelo: livro fala para os pequenos de autoestima, respeito e beleza

A situação, narrada de forma lúdica, pode ser bem traumática na vida real
euamomeucabelo
Por: Ana Cristina Pereira
Cabelo é um assunto que mexe com qualquer mulher. Desde pequena. É por isso que o livro O Mundo no Black Power de Tayó (Peirópolis/R$ 34/44 páginas) deve ser olhado por carinho por pais e educadores, principalmente os que convivem com crianças negras.
Escrito pela arte-educadora paulista Kiusam de Oliveira, 48 anos, o trabalho fala sobre o tema, da perspectiva de uma bela menininha que sente o maior orgulho de seu cabelo black. Adora enfeitá-lo e exibi-lo por aí, mas sofre com o preconceito dos coleguinhas da escola.
A situação, narrada de forma lúdica, pode ser bem traumática na vida real. "A ideia surgiu das minhas próprias experiências enquanto menina negra, e, depois, como professora. Estas crianças sofrem demais com os xingamentos que recaem sobre a cor da pele e suas características físicas", afirma Kiusam, uma das estudiosas que trabalhou na implementação da lei 10.639 – que regulamenta o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Max Gonzaga: "Para quem não sabe o que é um coxinha"

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Fernando Brito

O compositor e cantor Max Gonzaga (foto) está bombando na internet com a música “Classe média”, despertando a ira dos coxinhas, o nome que pegou para os jovens de classe média que reproduzem o discurso superficial e de direita da mídia.
Max, coitado, está sendo acusado de fazer a música para zombar das manifestações do mês passado, mas ele a gravou há oito anos, em 2005. Aliás, Max diz cantando, muito mais simples e bem-humorado, o que a Marilena Chauí falou, provocando tanta polêmica.
Se alguém quiser o disco do Max, a propaganda é grátis, basta clicar aqui e ele combina um jeito de entregar.
Em tempo: a classe média é e pode ser diferente. Foi dela que saíram Chico Buarque, Caetano, Gil e uma geração de artistas e intelectuais geniais, como anos antes tinham surgido Vinícius, Graciliano, Jorge Amado e tantos outros. Mas é preciso, para isso, apenas um detalhe: não ter o umbigo no centro do Universo e lembrar que o povo é a terra de onde o intelecto se alimenta para brotar e poder florir.


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Fonte: Tijolaço

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